terça-feira, 18 de outubro de 2011

Estilo Antonieta'

A rainha tinha até uma "ministra de moda"

Quando queria dar um recado à corte, Maria Antonieta usava a moda para se expressar. Diariamente, a rainha recebia a visita da modista Rose Bertin, conhecida como “ministra da Moda”. Desses encontros saíram roupas e acessórios que fariam os carnavalescos do Brasil se roerem de inveja. E que inspiram os estilistas até os dias de hoje.

Superculotes

Avessa aos espartilhos,a rainha gostava de destacar o colo, dando formas volumosas às ancas. Na cintura, cestos de palha, cobertos por anáguas, eram a estrutura desse visual.

Dreads

Na coroação de Luis XVI, o pior lugar foi atrás da rainha. Por causa de seu penteado, ninguém conseguia ver nada. A nobre exigia perucas novas e temáticas para cada ocasião.

3 quartos de Versalhes eram usados como guarda-roupa da rainha.

Rainha do palco

Maria Antonieta liderava uma trupe de nobres

A enjoada corte de Versalhes resistia às inovações trazidas por Maria Antonieta. Mas uma delas, pelo menos, caiu no gosto da nobreza: as apresentações de teatro em que a rainha bancava a atriz ao lado de outros nobres. Tudo começou em 1780, quando o rei, sabendo da paixão da esposa pelo teatro, a presenteou com um palco particular no palácio do Petit Trianon. O local passou a abrigar várias montagens da troupe des seigneurs (“trupe dos nobres”, em francês), formada pela rainha e seus parentes. Eles puseram em cena diversas peças do repertório clássico francês, em que Maria Antonieta gostava de representar burguesas e simples camareiras. Luís XVI, que não tinha muito jeito para a coisa, limitava-se a assistir e vibrava com o desempenho da esposa. E claro que nem todos ficaram contentes em Versalhes. A rainha distribuía convites apenas para as pessoas de sua preferência, passando por cima da etiqueta da corte e sem respeitar o ranking dos títulos de nobreza. Ignorando as reclamações, Maria Antonieta ainda comprava outras brigas no mundo do teatro. Um caso famoso foi o do dramaturgo Pierre de Beaumarchais, autor da peça As Bodas de Fígaro. A obra incluía uma crítica pesada à nobreza da França e, por isso, foi censurada. Fã de Beaumarchais, a rainha conseguiu fazer com que Luís XVI liberasse a peça. A estréia em Paris foi tão polêmica que Beaumarchais passou cinco dias na cadeia. Mesmo assim, Maria Antonieta encenou ela mesma outra peça do autor, O Barbeiro de Sevilha, e ainda o convidou para assistir à montagem no Petit Trianon.


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