quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Vestuário do final do século XVIII

A Revolução Industrial, que começara no Reino Unido no século XIX, revolucionou totalmente os meios de fabricação de roupas. Até então, os tecidos e as roupas eram produzidos manualmente, e por meios artesanais. A criação da spinning jenny, em 1764, pelo britânico James Hargreaves, e, posteriormente, da spinning mule, uma derivada da spinning jenny, em 1798, pelo britânico Samuel Crompton, foram uma das bases da Revolução Industrial. A spinning mule era capaz de fabricar tanto tecido quanto 200 pessoas, usando algumas poucas pessoas como mão de obra. Em 1780, Edmund Cartwright criou uma derivada capaz de se alimentar de uma turbina a vapor.Com tais máquinas disponíveis, fabricantes de roupas industrializadas vendiam roupas a baixos preços. A produção de roupas, ao menos nas grandes cidades, tornara-se quase completamente industrializada. Antigos artesãos que antes lucravam, faliram, e muitas pessoas pararam de fabricar suas roupas em casa.

A moda passou a mudar mais e mais freqüentemente, mas apenas as pessoas ricas podiam se dar ao o luxo de adquirir a última tendência da moda. Os franceses continuaram a ditar a moda na Europa até o início da Revolução Francesa, no final do século XVIII, quando a Inglaterra assumiu a dianteira, até o final da Revolução, quando a França retomou a liderança no cenário da moda européia. Dado ao status de riqueza e poder de roupas complexas e elaboradas, ao longo da Revolução, muitos nobres passaram a usar roupas simples, com o medo de serem capturados pelos revolucionários, que os teriam guilhotinado.

Ao longo do século XIX, a industrialização na produção de roupas e tecidos espalhou-se para outros cantos do mundo. A indústria têxtil ficou firmemente estabelecida nos Estados Unidos, França, e, posteriormente, na Alemanha e no Japão. No último, roupas ocidentais lentamente substituíam roupas tradicionais. Porém, muitas pessoas ainda preferiam usar roupas feitas por um artesão, quando podiam pagar por ela. Outras pessoas, especialmente aquelas em lugares isolados, continuaram a fabricar tecidos e roupas em casa.

Gradualmente, ao longo do século XIX, as roupas passaram a ficar mais simples e leves. Camisas, saias (que eram para serem usadas juntas) e calcinhas foram criadas na década de 1870, e logo tornaram-se uma tendência entre mulheres da classe trabalhadora. Jeans passaram a ser usados por mineradores, fazendeiros e caubóis nos Estados Unidos.

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Difusão das estampas na Europa'

Foi partir do ano 1000, quando Veneza estabeleceu sua posição como porto de difusão de mercadorias entre o Leste e o Oeste que os tecidos estampados começaram a ganhar força na moda européia. De todas as transações comerciais importantes, Veneza dava prioridade à importação de seda e tecidos preciosos, assim como especiarias e gemas do Oriente.

Para os espanhóis dos séculos XIV e XV a seda era muito cobiçada pois refletia uma distinção soberba que os atraia devido a seu temperamento. Por volta do ano 1200 aconteceram várias mudanças importantes, entre elas o fato das cores deixarem de possuir um significado simbólico, deixando de serem usadas com o propósito específico de indicar as diferenças de classes – papel este que passou a ser exercido pelo tecido, no caso a seda, devido ao seu alto valor de mercado.

Surgiu então uma imensa variedade de padrões de estamparia como listras, quadrados axadrezados e figuras.



Diferente da seda, os tecidos comuns eram de cores sólidas. As roupas comuns e de cerimônia eram decoradas com bordados e appliqués formando devices: imagens de objetos, plantas ou animais escolhidos para representar emblemas pessoais como o urso e o cisne sangrento do Duque de Berry.

Apesar do trabalho dos centros têxteis europeus, os tecidos orientais continuavam a exercer forte atração sobre os países ocidentais: musselina de seda e ouro de Mossul; tecidos adamascados, isto é, com padronagem de Damasco e Pérsia; sedas baldacchino decoradas com pequenas figuras; sendo estas encontradas até na Inglaterra; tecidos da Antioquia com pequenos pássaros dourados ou azuis sobre campos vermelhos ou pretos. Os tecidos orientais eram muito apreciados por causa de suas padronagens mas, principalmente, devido a sua perfeição técnica.



Estampa Floral.



Em meados do século XIII, as tecelagens de Regensburg e Colônia demonstravam a influência de certos protótipos de padronagem oriental, que gradualmente foram sendo adaptadas ao gosto europeu, rompendo-se assim um padrão pré-estabelecido. Na Itália, durante o século XIV este fenômeno pôde ser observado com o desaparecimento dos temas animais e divisões arquitetônicas e com o florescimento das estampas de flores cada vez mais estilizadas. A moda dos tecidos de estampas florais se tornou generalizada desenvolvendo-se, especialmente, nas regiões de Genova e Florença.

No século XV os padrões florais assumiram dimensões exageradas, com grandes romãs ou cardos estampados entre linhas sinuosas.



Durante o século XVIII, as padronagens dos tecidos passaram a sofrer a influência das grandes descobertas e viagens de exploração e as importações dos tecidos orientais tornaram-se lugar comum. Cada vez mais começaram a ser encontradas exemplos da flora exótica em padronagem que exibiam flores e frutos desconhecidos na Europa até então. Flores como o crisântemo, acabaram por criar o gosto pelas padronagens florais exóticas. Isto se manteve até o final deste século, quando a moda voltou as suas origens ocidentais, com padronagens mais simples, como margaridas, papoulas e rosas. Durante o século XIX, essas padronagens florais realísticas se mantiveram populares. Entretanto, algumas padronagens florais formais e estilizadas em algodão acetinado foram desenvolvidas durante o período Art Deco. O final do século vinte trouxe um revival do estilo vitoriano de flores em design natural.

Tecidos estampados com flores miúdas, ainda tão comuns nos dias de hoje, surgiram por volta de 1800, nos Estados Unidos, com a adoção das primeiras máquinas de estampar. A empresa Thorp , Siddel and Company, instalava em Philadelphia a primeira dessas máquinas em 1810. Dentro de poucos anos passava a existir uma grande quantidade de empresas de estamparia, mesmo no pequeno estado de Rhode Island. E Works, da Clyde Bleachery e da Print Works ainda podem ser encontrados no Museum of American Textile History em North Andover, Massachussets, possibilitando confirmar que a padronagem era de pequenas flores espalhadas por toda a superfície do tecido, que acabou sendo conhecido como “calicoes” ou chita.




pictografia: O motivo pictográfico (nuvens, objetos, paisagens, etc) surgiu em toda sua glória na época medieval. Apresentando cenas de batalhas, caçadas e torneios eram muito apreciados pelos nobres da época com seus ideais românticos e de honra. Continuaram bastante populares durante toda a renascença. Durante o período barroco francês e inglês, as padronagens se tornaram bastante complexas, usando técnicas sofisticadas e cores realistas. Já o estilo rococó, no início do século XVIII produziu um tipo mais informal de padronagem pictográfica, geralmente frívola e extremamente colorida, em seda e algodão, apresentando design em estilo oriental com cenas de paisagens árabe e mourisca. A expansão do comércio além-mar incentivou a moda da padronagem pictográfica, apresentando paisagens e povos nativos como as do Hawai.

A partir de meados do século dezoito estas padronagens voltaram a se tornar menos populares, com a preferência se voltando a cenas mais delicadas, como as imagens dos campos franceses e ingleses.

Raízes da padronagem dentro da tecelagem Européia

As estampas podem tanto ser aplicadas sobre a superfície dos tecidos como trabalhadas na própria estrutura do mesmo, durante a tecelagem. Dos vários e diferentes métodos de estamparia a técnica de uso de blocos de madeira é a mais antiga. Mais tarde surgiram as estampas utilizando a tela de stencil e os rolos de cobre gravados.

Os fenícios produziram os primeiros tecidos estampados, usando o método de estamparia em blocos e a tecelagem trabalhada em fios de diversas cores formando estampas muito apreciadas pelo mercado. Outro método usado era o stencil, em diferentes estamparias, além de bordados em cores ricas e vibrantes. Na verdade, tecidos estampados apenas passaram a ser utilizados na Europa após o século XVII. Porém, existem exemplos de estamparia utilizando blocos de madeira sobre linho, durante a Idade Média, técnica esta que foi muito provavelmente trazida da Ásia e introduzida pelos romanos na Europa. A Índia era mestra na arte de estamparia sendo que seus produtos superavam, em muito, o trabalho feito pelos Persas e Egípcios.

Estampas usando técnica de serigrafia sobre linho foram escavadas pelos arqueólogos em tumbas egípcias de 8.000 anos. Seda estampada foi encontrada em escavações a leste do Turkistão e Kansu muito provavelmente originárias da dinastia Tang chinesa.



Já os Tartans, tão famosos símbolos dos clãs escoceses surgiram, com este específico propósito, apenas no século XVIII. A falta de tecnologia indispensável para a imensa quantidade de diferentes combinações de tons que classificam os vários clãs impossibilitava o tingimento homogêneo do fio necessário para a confecção da padronagem xadrez complexa dos tartans.

Contudo existe evidência da existência de tartans que datam do século 3 a C . Escavações arqueológicas, perto de Falkirk descobriram um jarro de terracota com moedas de prata, no qual um pedaço de pano xadrez, nas cores marrom e branca fora usado como tampa


Referencias à tartans ocorrem em vários documentos, pinturas e ilustrações. Uma carta patente em favor de Hector MacLean of Duart, de 1587, garante a concessão de terras em Islay e detalha o pagamento de 60 ells de tecido nas cores branca preta e verde (as cores do tartan de caça do clã MacLean of Duart).

A palavra Tartan significava, originalmente, “tecido de lã leve” e origina-se do francês tiretaine ou do espanhol tiritana.


Questões culturais

Ao longo da história, diferentes civilizações vestiram roupas mais por motivos culturais, como decoração ou ornamentos, do que por necessidade. Em sua viagem em torno do mundo, Charles Darwin na Terra do Fogo, Argentina, notou que certos nativos da região cobriam sua pele apenas com uma fina camada de tinta mais uma pequena pele de animal na parte superior do corpo Isto contrastava com o clima da região , frio e instável Tais pessoas usavam tais roupas por motivos culturais e não por necessidade.
Antigamente o tipo de roupa usada era diferente em culturas diferentes, e era parte dessa cultura, passada de geração a geração. Mesmo atualmente, e na maioria das sociedades incluindo a sociedade ocidental, roupas são usadas devido a alguma influência social e cultural. Apesar disso, com o advento da globalização, as roupas tradicionais ficaram cada vez mais esquecidas sendo que cada vez mais pessoas usam roupas por questões de conforto ou necessidade. Por exemplo muitas pessoas usam camisas porque elas são confortáveis simples de usar e duradouras. Alguns exemplos conhecidos de roupas tradicionais que fazem parte da sociedade ocidental incluem o vestido de noiva branco ou a cor preta em funerais.
Muitas pessoas vestem um certo estilo de roupas buscando serem aceitas por um grupo social. Isto acontece especialmente entre os adolescentes. Os membros destes grupos sociais, compostos de pessoas que possuem certos gostos em comum, tendem a se vestir de maneira similar. Muitos desses adolescentes buscam se vestir igual ou de modo parecido a seus ídolos, como por exemplo, cantores famosos. No Japão por exemplo, vários adolescentes gostam de vestir-se da mesma maneira que personagens de mangás famosos.
Outras pessoas usam roupas como um modo de protesto. A novelista Amandine Dupin usava roupas masculinas a contra-cultura da década de 1960 e também os punks. Inscrições palavras ou frases podem aumentar o poder de choque destas maneiras de protesto. Roupas também podem ser usadas como meios de propaganda.



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Duas Gregas com roupas típicas .

Povos da Mesopotâmia'

A agricultura era a base da economia. Cultivavam trigo cevada linho gergilim sésamo (de onde extraiam o azeite para a alimentação e iluminação) árvores frutíferas raízes e legumes.
Criavam animais como carneiros burros bois gansos patos.
Comercializavam tecidos de linho lã e tapetes além de pedras preciosas e perfumes.
As principais ciências estudadas foram a astronomia medicina e matemática.
A escrita apareceu nessa época e foi definida como cuneiforme. Por ser ideográfica o objeto representado expressava uma idéia.
Os deuses extremamente numerosos eram representados à imagem e semelhança dos seres humanos. O sol a lua os rios outros elementos da natureza e entidades sobrenaturais também eram cultuados.

Vestuário

A matéria prima predominante era o linho e a lã usados sempre na sua cor natural. Um retângulo de tecido ao redor da cintura preso por tiras ou simplesmente com um nó numa forma primitiva de saia era a vestimenta principal do povo na Mesopotâmia.

Sumérios

Vestígios da civilização suméria (III a C) mostram pessoas usando saias compostas por tecidos com o borda formada com tufos de lã dispostos simétricamente que dão às roupas um aspecto "franjado" Este tipo de roupa era usado por homens e mulheres.

As mulheres de classes superiores e altos dignatários costumavam usar este tipo de roupa mas aos poucos foram substituindo por uma túnica com mangas Acredita-se que as mangas e o uso de botas foram influência de povos da montanha que viviam ao redor da região entre o Eufrates e do Tigre .

Homens e mulheres usavam cabelos compridos e os cabelos assim como as barbas eram cacheados e até entremeados com fios de ouro O adorno de cabeça para os homens tinha o aspecto de um vaso invertido As mulheres casadas eram obrigadas a usarem um véu em lugares públicos (uma lei de 1 200 a C que ainda prevalece até hoje) .

Palácio de Versalhes: a Casa do Rei-Sol

O Palácio Real de Versalhes foi residência real entre 1682 e 1789 (data daRevolução Francesa).
A Corte de Versalhes representou o centro do Poder Absoluto (Antigo Regime) em França.
A casa do Rei-Sol Luís XIV de França, é o maior palácio do mundo e considerado Património Mundial da Humanidade pela UNESCO.

Possui 2000, janelas 700 quartos, 1250 lareiras, e 700 hectares de parque.
A sua dependência mais conhecida é a famosa Galeria dos Espelhos, onde em 1919 foi ratificado o Tratado de Versalhes, após a 1ª Guerra Mundial.Este salão tem 73 metros de comprimento, 12, 30 de altura e 17 janelas.

No primeiro andar, podemos ver os Apartamentos do Rei e os Apartamentos da Rainha.
Começamos por ver e admirar a Capela Real, iniciada em 1699 e concluída em 1709, onde se realizou o casamento de Luís XVI e Maria Antonieta em 1770.
Passamos de seguida ao Salão de Hércules utilizado para concertos bailes e jantares de gala no Antigo Regime.

Seguem-se os seguintes salões:
Salão da Abundância (utilizado como Sala de Buffets e para servir as bebidas);
Salão de Diana(utilizado como Sala de Bilhar);
Salão de Vénus;
Salão de Marte(utilizado como Salão de Bailes);
Salão de Mercúrio (utilizado como Sala de Jogos de Cartas);
Salão de Apolo (utilizado como Salão de Música);
Por fim, seguimos em direcção ao Salão da Guerra que antecipa a Galeria dos Espelhos e depois o Salão da Paz.
Entramos agora no Quarto da Rainha e salões adjacentes, como por exemplo, a Antecâmara onde está o quadro de Maria Antonieta e os Seus Filhos.
E porque há muito para ver temos ainda o Salão da Sagração, assim chamado por causa do Quadro da Coroação de Napoleão I, em 1804 como Imperador de França, e o Quarto do Rei, onde tinham lugar as cerimónias do Levantar e do Deitar do Rei, de acordo com a Etiqueta da Corte.
Já no rés-do- chão vimos os Apartamentos do Delfim de França (ou Príncipe Herdeiro), como, por exemplo, a sua Biblioteca.

Fotos do Palácio :




terça-feira, 18 de outubro de 2011

Estilo Antonieta'

A rainha tinha até uma "ministra de moda"

Quando queria dar um recado à corte, Maria Antonieta usava a moda para se expressar. Diariamente, a rainha recebia a visita da modista Rose Bertin, conhecida como “ministra da Moda”. Desses encontros saíram roupas e acessórios que fariam os carnavalescos do Brasil se roerem de inveja. E que inspiram os estilistas até os dias de hoje.

Superculotes

Avessa aos espartilhos,a rainha gostava de destacar o colo, dando formas volumosas às ancas. Na cintura, cestos de palha, cobertos por anáguas, eram a estrutura desse visual.

Dreads

Na coroação de Luis XVI, o pior lugar foi atrás da rainha. Por causa de seu penteado, ninguém conseguia ver nada. A nobre exigia perucas novas e temáticas para cada ocasião.

3 quartos de Versalhes eram usados como guarda-roupa da rainha.

Rainha do palco

Maria Antonieta liderava uma trupe de nobres

A enjoada corte de Versalhes resistia às inovações trazidas por Maria Antonieta. Mas uma delas, pelo menos, caiu no gosto da nobreza: as apresentações de teatro em que a rainha bancava a atriz ao lado de outros nobres. Tudo começou em 1780, quando o rei, sabendo da paixão da esposa pelo teatro, a presenteou com um palco particular no palácio do Petit Trianon. O local passou a abrigar várias montagens da troupe des seigneurs (“trupe dos nobres”, em francês), formada pela rainha e seus parentes. Eles puseram em cena diversas peças do repertório clássico francês, em que Maria Antonieta gostava de representar burguesas e simples camareiras. Luís XVI, que não tinha muito jeito para a coisa, limitava-se a assistir e vibrava com o desempenho da esposa. E claro que nem todos ficaram contentes em Versalhes. A rainha distribuía convites apenas para as pessoas de sua preferência, passando por cima da etiqueta da corte e sem respeitar o ranking dos títulos de nobreza. Ignorando as reclamações, Maria Antonieta ainda comprava outras brigas no mundo do teatro. Um caso famoso foi o do dramaturgo Pierre de Beaumarchais, autor da peça As Bodas de Fígaro. A obra incluía uma crítica pesada à nobreza da França e, por isso, foi censurada. Fã de Beaumarchais, a rainha conseguiu fazer com que Luís XVI liberasse a peça. A estréia em Paris foi tão polêmica que Beaumarchais passou cinco dias na cadeia. Mesmo assim, Maria Antonieta encenou ela mesma outra peça do autor, O Barbeiro de Sevilha, e ainda o convidou para assistir à montagem no Petit Trianon.